composição do colesterol é uma só, o que muda é o seu meio de transporte, ou seja: a lipoproteína (partícula) à qual está associado, de acordo com o Ministério da Saúde. Ela pode ser de alta ou de baixa densidade, dependendo da composição, com funções diferentes.
Colesterol LDL: o colesterol combinado às lipoproteínas de baixa densidade é chamado de LDL. Em excesso, pode se depositar nas paredes das artérias, formando placas de gordura que aumentam o risco de obstrução e consequentemente, de infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Por isso, o LDL é conhecido como “colesterol ruim” e seu nível deve ser mantido baixo.
A principal consequência do excesso do colesterol LDL, e consequentemente da obstrução das artérias, é o aumento do risco de doenças cardiovasculares como: infarto agudo do miocárdio e AVC.
Colesterol HDL: conhecido por ser quem “resgata” o colesterol das células para ser eliminado. São lipoproteínas de alta densidade que, quando combinadas ao colesterol, são chamadas de HDL. Ele ajuda a evitar a obstrução das artérias, sendo conhecido como “colesterol bom” e seu nível deve ser mantido alto. Quando o colesterol se torna um problema
Embora seja reconhecido como algo ruim, o colesterol desempenha funções importantes no organismo humano. Ele faz parte da estrutura das células do organismo e é essencial para a produção de alguns hormônios e de vitaminas. O colesterol também forma ácidos biliares, que são substâncias que atuam na digestão.
O colesterol passa a ser um problema quando existe o excesso da partícula LDL–colesterol, conhecida popularmente como colesterol ruim, no corpo e do tipo de gordura ingerida.
O índice de colesterol pode estar ligado ao estilo de vida, como má alimentação, tabagismo, sedentarismo e obesidade. Mas ele também pode estar associado a questões genéticas, que é chamado de hipercolesterolemia familiar (HF).
O controle é possível a partir de hábitos saudáveis de alimentação e atividade física. O assunto foi amplamente abordado por especialistas de diversas áreas no CNN Sinais Vitais (assista a íntegra acima).
O tratamento do colesterol é feito com medicamentos, sendo que a medicina avançou nesta área nos últimos anos.
Na maioria dos casos, o paciente toma medicamentos como as estatinas, inibidores da enzima HMG-CoA redutase (enzimas do fígado responsáveis pela produção de colesterol).
Outro tratamento em expansão, que ainda não é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é realizado com o uso de injeções com anticorpos monoclonais. Elas reduzem em até 60% o nível alto do colesterol. Nos casos mais graves, é necessário intervenção cirúrgica pouco invasiva. Segundo o Ministério da Saúde, 4 em cada 10 brasileiros têm colesterol alto. “O colesterol ruim é aquele que está associado ao aumento do risco de problemas do coração nos infartos e derrames. O colesterol bom é aquele que teoricamente protege nosso organismo contra isso”, explica Raul Dias dos Santos Filho, diretor da Unidade Clínica de Lípides do Incor.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a hipercolesterolemia familiar (HF) acomete 10 milhões de pessoas no mundo e 300 mil no Brasil.
“Um hábito alimentar com consumo alto de carnes vermelhas, gorduras saturadas e alimentos ultraprocessados, aliado ao baixo consumo de frutas e de hortaliças, favorece a hipercolesterolemia e aumenta o risco das doenças cardiovasculares”, explica a pesquisadora Ana Luisa Souza de Paiva Moura, da coordenação-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde.
“Se o padrão alimentar for equilibrado, a pessoa pode ter uma vida saudável e manter o colesterol em concentrações adequadas”, completa.
A especialista alerta que o problema não está limitado a apenas uma faixa etária. “Pessoas de qualquer idade, até mesmo crianças, podem ter colesterol alto. Isso pode se dar por questões genéticas, mas em grande parte está ligado à inatividade física e à má alimentação”, afirma.
Fonte: CNN Brasil